quinta-feira, 19 de março de 2009

Por que a Inglaterra rejeitou a Carteira de Torcedor?

Copiado daqui: http://www.universidadedofutebol.com.br/Universidade09/Jornal/Colunas/Detalhe.aspx?id=10782

Se não melhorarem a qualidade dos estádios brasileiros, o torcedor será um animal oficialmente reconhecido pelo governo

Antes de mais nada, não acredito que o projeto da Carteira do Torcedor será implementado. A rejeição à idéia e os empecilhos técnicos e práticos são tão grandes que acho difícil que o discurso passe da sua fase retórica.

De qualquer maneira, é preciso aplaudir a intenção do Governo Federal. Pelo menos, mostram preocupação com o estado dos estádios do Brasil e com a integridade do torcedor. Tornar a ação de cambistas e os tumultos dentro do estádio em crimes, além de elevar o nível de exigência estrutural dos estádios, é salutar.

O cadastramento de torcedores, porém, pode ser um grande equívoco. E não estou dizendo isso baseado em um "achismo" qualquer ou considerando algumas variáveis soltas para a construção de um pensamento superficial. Não. Estou reproduzindo o que foi dito por um dos maiores responsáveis pela melhoria de segurança dos estádios britânicos, Peter Murray Taylor, também conhecido como "Lord Justice Taylor".

Estudos sugerem que o hooliganismo sempre existiu no futebol britânico, mas começou a ficar em maior evidência a partir dos anos 60, atingindo seu ápice em 70 e 80. A escalada de violência nos estádios do Reino Unido foi tamanha que começou a afetar não apenas os residentes locais, mas também a ter consequências para a Europa continental. Por conta disso, o hooliganismo arranhou a imagem internacional do Reino Unido, que passou a ser visto por todos como um país de violentos arruaceiros.

Não ajudou em nada a Tragédia de Heysel, uma briga generalizada entre torcedores do Liverpool e da Juventus em 1985, que resultou em 39 mortes. O problema para o Reino Unido foi que desses 39 mortos apenas um era britânico. Outros dois eram franceses, quatro belgas e, pasmem, 32 eram italianos. Foi um massacre britânico. Logicamente que o Reino Unido passou a ser mal-visto pelos seus vizinhos.

Insuflada por esse acontecimento, a primeira-ministra britânica Margareth Thatcher disse que o hooliganismo tinha se tornado “um problema crônico” na ilha. Algo precisava ser feito. E, condizendo com a sua própria ideologia da redução da liberdade individual e aumento do controle do Estado sobre o cidadão, a "Dama de Ferro" sugeriu a criação da carteira de identidade dos torcedores de futebol (National Membership Scheme) no Football Spectators Act (FSA), em 1989.

A reação da opinião pública foi imediata. O argumento principal contra a medida se baseava na crítica à ideologia da proposta, de identificar o cidadão perante o Estado. Afinal, por que o Estado precisa saber se você vai ou não a um jogo de futebol? Não fazia sentido.

Poucos meses depois da divulgação do FSA, aconteceu a maior tragédia do futebol britânico. Na partida válida pelas semifinais da FA Cup entre Liverpool e Nottingham Forest, no estádio de Hillsborough, do Sheffield Wednesday, 96 torcedores do Liverpool foram massacrados contra as grades que separavam a arquibancada do campo. A mídia tratou de achar culpados para o massacre. A culpa, dizia-se, era dos hooligans. Estava tudo fora de controle. Eles precisavam ser contidos.

Para apurar de forma mais detalhada o que de fato havia levado 96 pessoas à morte, o governo lançou uma investigação que foi conduzida pelo supracitado "Lord Justice Taylor". Ao analisar com profundidade os fatos, Taylor concluiu que o problema em si não era os torcedores, mas sim as estruturas que atendiam essas pessoas. Muito pior do que os hooligans, era a situação dos estádios britânicos. Como exigir que as pessoas possam se comportar de maneira civilizada em um ambiente que não oferece as menores condições de higiene e segurança?

Para evitar que novas tragédias como Hillsborough viessem a se repetir, Taylor elaborou um documento com uma série de recomendações, que ficou conhecido como Taylor Report. Dentre essas recomendações - que incluíam a obrigação da colocação de assentos para todos os lugares do estádio, a derrubada das barreiras entre a torcida e o gramado e a diminuição da capacidade dos estádios - estava o cancelamento do projeto da carteira de identificação dos torcedores. De acordo com Taylor, era bastante possível que a carteira de identidade viesse a aumentar o problema da violência, e não o contrário.

Além dos questionamentos sobre a real capacidade dos clubes conseguirem colocar em prática um sistema confiável de seleção de torcedores e sobre a confiança na tecnologia que seria utilizada, o argumento se baseava na idéia de que a carteira de identidade para torcedores não era uma ação focada na segurança, mas sim na violência. E as tragédias nos estádios não era uma questão de violência, mas sim de segurança. A própria polícia inglesa, que teoricamente seria a grande beneficiada com a carteira, rejeitou o projeto, que, por conta de tudo isso, foi abandonado.

E é aí que talvez resida o grande equívoco do projeto das carteirinhas do torcedor no Brasil. É lógico que o problema da violência é grande, mas muito pior é o problema da insegurança. Como exemplo, a última grande tragédia do futebol brasileiro, o buraco nas arquibancadas da Fonte Nova, só aconteceu porque o estádio estava literalmente caindo aos pedaços. Naquela situação, a carteirinha de identificação não teria salvado as vítimas. Uma melhor fiscalização nas reais condições do espaço e o fornecimento de uma estrutura apropriada para o público, certamente que sim.

É imprescindível que o Governo Federal busque maior aprofundamento para saber as reais consequências do estabelecimento da Carteira do Torcedor, sob risco de criar um monstro muito maior do que o atual.

Muitos dizem que, no Brasil, o torcedor é tratado como animal. E quem é tratado como animal, age como animal. Caso nada seja feito para melhorar a qualidade das estruturas e do serviço dos estádios do Brasil, o torcedor continuará sendo um animal, só que com uma carteirinha. Um animal oficialmente reconhecido pelo governo.

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br



Mais sobre o assunto:
http://cerveboliticos.blogspot.com/2009/03/cadastramento-de-torcedores.html

terça-feira, 17 de março de 2009

Debate MTV - Músicas pela Internet

O que tem que ficar claro é que as gravadoras estão incomodadas pois
elas perderam o controle sobre a distribuição, hoje qualquer artista
tem o mesmo poder de uma gravadora (isso considerando quem tem acesso
a internet). As gravadoras, e talvez os telespectadores, não entendem
que, se o artista quiset abdicar do direito de comercialização e
distribuição da música ele pode, e no modelo antigo isso não existia,
ou voce entrava no jogo, vendendo o direito, ou não tinha conversa.
Elas querem impor o modelo antigo a quem não quer segui-lo, por
exemplo a Lei do Azeredo.

O argumento do lobão, que a gravadora é boa distribuidora e boa em
divulgar só funciona para artistas que vendem MUITO, pequenos artistas
não tem chance de crescer por conta própria no modelo antigo. Ele é um
exemplo disso, se ele quiser vender CD, tem que ser pelo modelo
antigo.

A 15 anos atras, eu nao comprava CD ou LP e ia a 1 show por trimestre.
Hoje nao compro CD ou LP, mas vou a 1 show por mes, por conhecer
coisas novas que me interessam.


Enfim, acho que a mudança vai acontecer e o pessoal das gravadoras tem
que perceber, senão eles vão afundar.

Esse blog é um fracasso.

sim, meu twitter bomba mais que isso aqui....
http://twitter.com/barroca


Vou ver se enterro isso aqui.

Alguém tem ingresso sobrando para ver o Iron Maiden???

quarta-feira, 11 de março de 2009

Não ao RIO 2016

Basicamente, aconteceu corrupção demais nos jogos pan-americanos que eu não quero dinheiro público investido nisso!

http://papodehomem.com.br/especial-rio-2016-uma-candidatura-passada-a-limpo/
http://papodehomem.com.br/especial-rio-2016-uma-candidatura-passada-a-%E2%80%9Climpo%E2%80%9D-parte-ii/

O documentário da ESPN Brasil mostra muito bem a merda que está sendo feita:



São 9 partes, todas no youtube.

por isso digo, não ao RIO 2016

quarta-feira, 4 de março de 2009

OpenSonic

Um projeto bem interessante que eu encontrei foi o OpenSonic, uma implementação livre do Sonic. Talvez a Sega processe o autor por utilizar design que eles desenvolveram, mas o jogo está muito bem feito e funciona no MACOS!:-)

Acesse http://opensnc.sourceforge.net/home/index.php e baixe o fonte. Antes de compilar, voce precisa instalar o dumb e o allegro.

O allegro eu instalei com o mac ports:
sudo port install allegro

O dumb eu baixei do site e compilei. http://dumb.sourceforge.net/

Depois dessas duas bibliotecas instaladas e configuradas no diretório /opt/local (onde o ports coloca suas coisas), fiz algumas modificações para compilar o opensonic no macos:

Editei o src/player.h e comentei a linha 23 (ninguém precisa do #include math.h ). Sem comentar essa linha, eu obtive um erro muito louco:
[ 7%] Building C object CMakeFiles/opensonic.dir/src/boss.o
In file included from /usr/include/math.h:28,

from /Users/barroca/Desktop/opensnc/opensonic/trunk /src/player.h:23,
from /Users/barroca/Desktop/opensnc/opensonic/trunk/src/boss.h:24,
from /Users/barroca/Desktop/opensnc/opensonic/trunk/src/boss.c:20:
/usr/include/architecture/i386/math.h:385: error: syntax error before 'int'

make[2]: *** [CMakeFiles/opensonic.dir/src/boss.o] Error 1

make[1]: *** [CMakeFiles/opensonic.dir/all] Error 2

make: *** [all] Error 2


Como fiquei com preguiça de depurar, comentando a linha 23 do arquivo ele não inclui o math.h, da uns Warnings de compilação, mas funciona.

Depois executei /opt/local/bin/allegro-config --env e incluí essa caralhada toda nas variáveis de ambiente:
export PATH=$PATH:/opt/local/bin
export LD_LIBRARY_PATH=$LD_LIBRARY_PATH:/opt/local/lib

export LIBRARY_PATH=$LIBRARY_PATH:/opt/local/lib
export C_INCLUDE_PATH=$C_INCLUDE_PATH:/opt/local/include

export CPLUS_INCLUDE_PATH=$CPLUS_INCLUDE_PATH:/opt/local/include

export OBJC_INCLUDE_PATH=$OBJC_INCLUDE_PATH:/opt/local/include


Por último editei o arquivo CMakeLists.txt e troquei:

SET(ALLEGRO_UNIX_LIBS "-L/usr/lib -Wl,--export-dynamic -lalleg-4.2.2 -lalleg_unsharable")


por:

SET(ALLEGRO_UNIX_LIBS "-L/opt/local/lib -lalleg-4.2.2 -lalleg-main -framework Cocoa")

Para voce saber o que colocar no lugar dessa variável, use o comando:

/opt/local/bin/allegro-config --libs

e coloque a saída dele nessa variável, no meu caso:

-L/opt/local/lib -lalleg-4.2.2 -lalleg-main -framework Cocoa


Pronto, agora:

cmake .

e depois
make

Apesar dos Warnings de compilação, o opensonic funciona:

King of Fighters XII

King of Fighters XII tem lançamento confirmado e novo trailer

A SNK confirmou ontem o lançamento do game King of Fighters XII para julho nos consoles Xbox 360 e Playstation 3.

“Nosso slogan de desenvolvimento para este jogo foi 'King of Fighters - o renascimento' e nosso objetivo foi criar um game completamente novo. Para transformar a série em um título inusitado de luta revolucionamos os gráficos ao criar visuais de ponta e não economizamos esforços nesse sentido", disse o presidente da empresa, Masaaki Kukino em comunicado à imprensa. Um novo trailer também foi divulgado. Confira abaixo:











King of Fighters XII conta com Ash, Duo Lon, Shen, Kyo, Benimaru, Iori, Kensou, Chin, Terry, Andy, Joe, Kim, Raiden, Ryo, Robert, Ralf, Clark e Leona. O game não emprega tecnologia que emula animações, o cell shading 3D. Os personagens foram apenas modelados em 3D, mas suas animação passadas ao 2D, para dar a eles profundidade de movimentos. A partir daí, artistas contratados pela desenvolvedora pintaram manualmente as animações, frame a frame, com o uso de tablet. O mesmo recurso foi empregado nos cenários.

Lindão!!!!!!